quinta-feira, 21 de abril de 2011

QUILOMBO DOS PALMARES

O Quilombo dos Palmares
(localizado na atual região de
União dos Palmares, Alagoas)
era uma comunidade auto-
sustentável, umreino (ou
república na visão de alguns)
formado por escravos negros
que haviam escapado das
fazendas, prisões e senzalas
brasileiras. Ele ocupava uma
área próxima ao tamanho de
Portugal e situava-se onde era o
interior da Bahia, hoje estado de
Alagoas. Naquele momento sua
população alcançava por volta de
trinta mil pessoas.
Zumbi nasceu em Palmares,
Alagoas, livre, no ano de1655,
mas foi capturado e entregue a
ummissionário português quando
tinha aproximadamente seis
anos. Batizado 'Francisco',
Zumbi recebeu ossacramentos,
aprendeu português e latim, e
ajudava diariamente na
celebração damissa. Apesar
destas tentativas de aculturá-
lo, Zumbi escapou em1670 e,
com quinze anos, retornou ao seu
local de origem. Zumbi se tornou
conhecido pela sua destreza e
astúcia na luta e já era um
estrategista militar respeitável
quando chegou aos vinte e
poucos anos.
Por volta de 1678, o governador
da Capitania de Pernambuco
cansado do longo conflito com o
Quilombo de Palmares, se
aproximou do líder de Palmares,
Ganga Zumba, com uma oferta
de paz. Foi oferecida a
liberdade para todos os escravos
fugidos se o quilombo se
submetesse à autoridade da
Coroa Portuguesa; a proposta
foi aceita, mas Zumbi rejeitou a
proposta do governador e
desafiou a liderança de Ganga
Zumba. Prometendo continuar a
resistência contra a opressão
portuguesa, Zumbi tornou-se o
novo líder do quilombo de
Palmares.
Quinze anos após Zumbi ter
assumido a liderança, o
bandeirante paulista Domingos
Jorge Velho foi chamado para
organizar a invasão do quilombo.
Em6 de fevereiro de 1694 a
capital de Palmares foi
destruída e Zumbi ferido.
Apesar de ter sobrevivido, foi
traído por Antonio Soares, e
surpreendido pelo capitão
Furtado de Mendonça em seu
reduto (talvez a Serra Dois
Irmãos). Apunhalado, resiste,
mas é morto com 20 guerreiros
quase dois anos após a batalha,
em20 de novembro de 1695.
Teve a cabeça cortada, salgada
e levada ao governador Melo e
Castro. EmRecife, a cabeça foi
exposta em praça pública,
visando desmentir a crença da
população sobre a lenda da
imortalidade de Zumbi.

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